CARTA 23 – De Daíse Lima para César Póvero

… em resposta à Carta 11.

Segundo dia mais frio do ano de 2020.

César,

Você me chamou de desastrada e eu adorei. É o que eu sou. Uma vergonha (Hahahaha). Se eu te contar todas as vergonhas que eu já passei, você até chora: de dó ou de dar risadas.

Distraída que sou, outro dia, esbarrei na barraquinha de laranjas do moço e várias laranjas saíram rolando pelo terminal central. Depois disso, sempre quando eu passo ali, ele me olha com cara feia. Acho que ele não gosta muito de mim.

Eu tropeço nas pessoas. Esbarro na moça no restaurante e derrubo o suco dela no chão. Eu derrubo o meu suco e sempre bato o dedinho do pé na quina da mesa. Eu falo alto. Eu dou risada alta e eu falo muito. Eu tenho problemas em guardar fisionomias e eu confundo os nomes das pessoas. Eu tinha uma amiga que o pai dela era a cara do Maurício de Souza, pronto, foi o suficiente para eu passar a vida toda chamando o homem de Maurício. Tanto é que eu nem lembro mais qual é o nome verdadeiro dele! Sou praticamente um perigo para a sociedade. Penso que a sociedade está um pouco mais segura agora que tenho passado boa parte do tempo dentro de casa.

Na sua carta você fala sobre o retorno da natureza para nós. E eu concordo contigo, César. Não soubemos cuidar. Anos e anos achamos que podíamos fazer da natureza o que bem entendêssemos que ela, como uma mãe boazinha, aceitaria tudo quietinha. Mas não foi o que aconteceu. Ela continua sendo boa mãe, mas é justa. E tem cobrado com mãos de ferro todo o estrago que lhe fizemos. Amar a natureza é respeitar.

Lembro da minha bisa, quando eu era criança, e estava chovendo forte (trovões e relâmpagos), e se eu fizesse barulho, a bisa me dava um psiu e dizia: “Respeita a chuva, menina!” E eu ficava quietinha ouvindo todo o plicplic, chuááááá e cabruuuum lá fora. Sempre lembro desse pito da bisa que me deixou há mais de 20 anos.

Fiquei por um bom tempo refletindo sobre isso que você me escreveu: “Acho que se as pessoas reparassem na poesia da vida, não precisariam de tudo o que é o último modelo, de última geração, sempre mais… mais… mais, tudo mega… para preencherem esse imenso vazio que abriram em si, porque idealizam que a felicidade está em algo grandioso, e sabemos que não é isso.” E eu concordo tanto contigo, César. Tanto. E me lembrei de um garotinho que conversava com a mãe no ônibus lá pelos idos de 2016. Ele
disse para ela, depois de ter visto um lindo ipê ali perto da Avenida Brasil:

– Mãe, que árvore é essa mesmo?
– Eu acho que é um ipê, filho.
– Em Paris tem ipê, mãe?
– Eu não sei. Mas eu acho que não. Eu acho que o ipê é uma árvore brasileira.
– Mãe, a professora da gente pode mentir?
– Pode, filho. Mas na verdade ninguém deveria mentir, mas às vezes…
– A professora mentiu então. Ela disse que todas as coisas mais bonitas do mundo estão em Paris. Mas em Paris não tem ipê.

Olha isso. Ele tem desde pequeno aprendido admirar as belezas da vida. Não sou mãe, César. Mas sou tia de dois sobrinhos que para mim são os meninos mais bonitos do mundo. E eu decidi ser para eles a portadora das boas notícias. E ajudá-los a ver a beleza que há no mundo. Vou te mostrar a poesia que fiz para Pedro, no dia em ele nasceu:

“Pedro chega hoje.
Em uma semana quente de verão e chuvas no final de tarde. Dias em que eu sempre esqueço o guarda-chuva. Tomara que Pedro não se importe com isso.
Pedro chega hoje.
Ficarei o dia todo pensando nele. Penso nele todos os dias. Desde o dia que eu soube que ele viria.
Pedro chega hoje.
E vai chover, Pedro. Disse no rádio. Vou te ensinar a gostar de chuva e a acreditar na moça do tempo. Se ela disser que vai chover, leve o guarda-chuva, Pedro! Mas se não quiser, delicie-se com a chuva.
Pedro chega hoje.
Em uma época de quaresmeiras e flores amarelas colorindo a cidade. Vou te ensinar a gostar de flores, Pedro. E dos passarinhos. Dos ipês. E do amanhecer.
Pedro chega hoje.
Chegue logo, menino Pedro! Tua mãe no hospital sente as dores da tua chegada.
Pedro, tu que está mais perto de Deus do que eu, diga à Ele que agradecemos tua chegada.
Pedro, tua família te espera.
Chegue logo, Pedro!
O telefone tocou, Pedro, tu está chegando. As pessoas me olham no ponto de ônibus porque eu choro, Pedro! Sou chorona, menino, acostume-se com isso.
Hoje eu choro o dia todo, menino! O dia todo!
Venha em paz, meu querido!
Venha em paz.”


Espero que Pedro e Gabriel nunca esqueçam das belezas da vida. Da poesia que há na vida. De admirar aquilo que o dinheiro não pode comprar. Somos ricos daquilo que o dinheiro não compra.


Já volto, César.


Está muito frio. Precisei sair na rua e pensei que eu fosse congelar. Faz tempo que as estações andam bagunçadas. Agosto não é tempo de frio como esse. Agosto é tempo de vento. Até faz frio, mas não como hoje. Mas está tudo muito estranho. Tão estranho que até agosto está passando rápido.

Ouvi jazz no ônibus enquanto eu voltava para casa e via o trânsito seguir lento. Pensei que fosse por causa do horário, mas o motorista disse que tinha acontecido um acidente lá na frente. E fiz uma prece no meu coração para que não fosse nada grave. Que o dia de mais ninguém ficasse triste com a notícia de uma perda. Torci para que fosse um dia de reencontros. Já estamos há tanto tempo sem encontros e reencontros, que parece que essa pandemia tem nos trazido só desencontros. Eu gosto quando a vida nos proporciona encontros. Tem dias que a vida acorda de bom humor e nos prega boas peças. Gosto disso. Gosto das surpresas que a vida prega. As boas, claro. Como o telefonema de alguém querido no meio de uma noite chata de terça-feira: “estou perto de você. Vou aí te ver.” Ou um abraço apertado na hora do coração apertado. Aliás, abraço apertado é o único aperto gostoso da vida! Sinto falta disso…

Mas na volta para casa, vi uma cena bonita que me emocionou. Chorei sem vergonha de esconder as lágrimas. Bem ali, na Avenida João Jorge, um moço na cadeira de rodas deu sinal para o ônibus. O motorista desceu para ajudá-lo a subir, mas não conseguiu porque a escada para cadeirantes travou. O motorista disse para o moço que ele teria que esperar o próximo ônibus e voltou para dentro. Um moço sentado depois da catraca quis saber por que é que o moço da cadeira de rodas não tinha entrado. Assim que o motorista explicou, o moço disse:

– Não vamos deixar ele não. Quem me ajuda a pegar o rapaz?

Três homens e uma mulher se levantaram, entre eles, um senhor muito idoso, e o motorista. Os homens ergueram o moço na cadeira de rodas e o colocaram dentro do ônibus. A mulher ajudou a colocar o cinto.

O ônibus seguiu o caminho. E nós que vimos a cena seguimos acreditando no poder da gentileza. Mesmo nesses dias de distanciamento, a gentileza aproxima.

Essas coisas, sabe, César… Fazem a vida valer à pena.

Olha, eu aceito, sim, o seu convite para o almoço. Quero muito ouvir você contar suas aventuras como escritor e conversarmos sobre miudezas da vida. As miudezas que nos agigantam a alma. E tudo o que tem comida, letras e conversas, eu amo. Se a lagartixa que mora no meu quarto e não paga o aluguel estiver por aqui, posso levá-la também? Mas já aviso que ela é hiperativa e curiosa. Pergunta tudo, mexe em tudo, não para quieta e fala
mais do que eu.

Me despeço aqui aguardando ansiosamente o fim da pandemia para uma tarde de conversas.

Abraços, meu amigo.

Daíse

Imagem: Daíse Lima

CARTA 17 – De Fausto Antonio para Fabíola Rodrigues

Cara escritora e poeta Fabíola Rodrigues, bons dias, noites e momentos.

Diálogos entre escritores(as) dizem respeito, quaisquer que sejam as conjunturas, ao entendimento conjunto da sociedade, das artes literárias e do sistema artístico. Os diálogos tratam invariavelmente das complexidades humanas e de certas afinidades e distanciamentos, tanto faz.

As redes ou tessituras da poesia e da saga autoral estarão, pelas questões postas acima, de modo subjacente e explícito, nas linhas que seguem. Avultam, de pronto, duas questões centrais e interligadas. Qual o espaço, extensão e lugar do artista da palavra no contexto atual da pandemia e isolamento? A poesia sobrevive, Fabíola, nos tempos atuais? As minhas compreensões, embaralhadas com as suas possíveis respostas, tratam conjuntamente dessas indagações.

Sim, a poesia, que muda e transforma o gênero humano e o mundo, terá sempre lugar cativo na produção da sociedade e das relações individuais e sociais. A poesia é um paradoxo que determina a sua vitalidade e permanente atualidade, não se presta ao consumo. Decorre dessa inutilidade para o consumo em larga escala e, na mesma senda, da sua eficácia estética para elevar os estados de consciência, a razão da sua sobrevivência e lastro eterno, que se constitui numa aspiração divina ou de mulheres e homens divinizados. Ela sobrevive na contramão do mundo atual, de hegemonia branca e ocidental, edificado a partir do totalitarismo do consumo.

A poesia vive, e muito bem, às avessas dos meros consumidores (as). A poesia exige tempo, profundidade e entrega total das autorias e das coautorias; autoras e autores superficiais ficam distantes desse mundo humanizado e humanizador. Semelhança gera semelhança, cara poeta, assim ficam igualmente distantes desse mundo encantador e encantado as recepções frouxas, imediatistas e sem fôlego para adentrar no poema e no sistema literário, artístico e social.

Considerando os dilemas postos nas reflexões dos parágrafos anteriores, quero ouvir e tecer trocas restitutivas com as suas posições, (in)certezas e dúvidas. Restituir, conforme o sistema cultural negro-brasileiro e ancestral, é equilibrar as trocas. Dentro desses limites, Fabíola, há um dado ou dimensão responsiva nas minhas indagações. A dificuldade, relevando a perenidade da poesia, é interligar a outra ponta ou limite no qual trafega a conjuntural pandemia.

A pandemia não é, como tudo que existe no mundo secular, apenas um fato específico. As respostas demandam posições sistêmicas e políticas. A pandemia pede ou exige debate que extrapola os campos específicos da criação literária e da medicina tradicional. Produção e posição de classe, raça, gênero e socioespaciais, entre outras, são indispensáveis; mas a pandemia é conjuntural. A poesia, por sua vez, passa pelas conjunturas e transcende as contingências imediatas. Qual é o tempo e lugar da poesia?

Na poesia, e mais ainda no poema, que é forma, o tempo é um outro lugar e espaço. As formas, na poesia e sobretudo no poema, guardam as histórias que se sobrepõem às presenças, vozes, silêncios e gestos que se esquivam dos objetos, nas ações do passado, presente, futuros. O que é? O que foi? E o que será? Assim sobrevive, com as formas em permanente mutação, é uma inferência, a poesia. O mesmo ocorre, é outra inferência, com o patrimônio histórico e cultural, que é objeto também do seu trabalho, pesquisa e reflexões.

As formas, de modo duplo, no poema e no patrimônio histórico e cultural, compõem o seu exercício diário com o presente, o passado e o futuro. O patrimônio histórico cultural, a propósito da sua (i)materialidade aparente, se fecha, se abre e se concretiza nas vidas e nas relações de pessoas com endereço, cor, sexo, gênero, identidades, identificações e individualidades intransferíveis. Desse modo, mais uma vez, querida poeta, o consumo não tem validade e sentido para as (i)materialidades e permanências.

Deriva, provavelmente dessa especificidade, a sua relação de afinidade com o patrimônio histórico cultural e, na mesma ordem ou razão, com a produção literária; a poesia em especial. O seu encanto, no trânsito pela poesia e patrimônio, passa, eu suponho, pelo resultado ou produto contínuo da ação humana.

O que me interessa saber, a rigor, é o que pouco a pouco toma corpo e ação, no seu labor de artista da palavra, Fabíola, e depois se transmuta em verso e produção escrita. As respostas, a despeito de considerarmos a arte como uma forma de intervenção no mundo, jamais se fecham. A arte literária recria ao refazer, na medida dos mistérios e igualdades materiais, a história num labirinto de linguagens. Assim vivem e se atualizam as obras literárias, artísticas e especialmente a poesia.

Deixo para o futuro encontro e trocas, perguntas e silêncios, que são muito bem apropriados para ouvir e aprender. E a poesia, voz feminina, como ela se faz no seu processo criativo e obra? Quais temas são recorrentes? Qual o lugar, de modo articulado, na criação do passado, do presente e do futuro, do patrimônio e da poesia? A passagem pelos lugares africanos, Fabíola, geraram textos, poemas e encontros e desencontros com a África e com a África existente no Brasil? O seu eu lírico ficou impregnado pelos lugares africanos, que são muitos no continente e no Brasil? A poesia, e sobretudo o poema, como todas as formas, tem uma história. Fabíola, você lida com a poesia, que é forma no poema e, por um outro privilégio, você conversa e vivencia as formas do patrimônio histórico e cultural. Como os dois campos de atuação se encontram e se distanciam na sua produção poética e escritural?

Encerro aqui o meu diálogo revestido de perguntas abertas e de respostas que querem apenas a comunicação.

Um beijo afetuoso!

Cordialmente,

Fausto Antonio

Campinas, 1o de agosto de 2020

Imagem: Fausto Antonio
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CARTA 11 – De César Póvero para Daíse Lima

Campinas… Agosto do destino… de 2020

Desastrada Daíse,

Tomei a liberdade, talvez abusiva de te chamar de “desastrada”, achei que seria de certa forma original e carinhoso. Será? …(risos)… Espero que sim. Fiz isso após reler seus textos que tive acesso, nos quais você cita suas aventuras e desventuras do dia-a-dia. Eu sorri e ri. São textos deliciosos, reconfortantes, em que você se define como desastrada, louca e poeta. Adorei!

Penso que em momento tão infeliz, já que o foco do assunto é a pandemia em que várias pessoas desabafam a infelicidade e outras esparramam mensagens de autoajuda, o segredo é descobrir prazer nas pequenas coisas. É isso que tenho sentido cada vez mais nesta experiência de isolamento que estamos vivendo. Não acha, Daíse? E essa beleza do cotidiano eu vejo nos teus textos, no seu olhar para tudo o que acontece à sua volta. Mas as pessoas, para se sentirem felizes, precisam ir ao shopping. Ao que tudo indica, acho que elas querem comprar pedaços de felicidade, não é? E acreditam que podem… que o consumo, “o ter”, é o mais importante.

Voltando aos pequeninos desastres do seu dia-a-dia, Daíse, eles não são nada. Comento isso para refletirmos que tudo o que está acontecendo à nossa volta é um retorno da natureza, do que demos a ela, de como os homens a têm tratado. Por isso, esses desastres vêm acontecendo: falta de amor, falta de poesia, falta de reparar e valorizar as sutilezas da vida e o que nos envolve, o respeito por todas as criaturas que estão sobre a Terra, para mim tão especiais. Falando nisso, você conversa mesmo com a lagartixa, como diz num texto seu? Eu também converso com pequenos seres animados ou inanimados, direto e reto, discuto e brigo com o aspirador de pó, mas ele não é natural, é artificial e não sofre com meus xingos.

Acho que se as pessoas reparassem na poesia da vida, não precisariam de tudo o que é o último modelo, de última geração, sempre mais… mais… mais, tudo mega… para preencherem esse imenso vazio que abriram em si, porque idealizam que a felicidade está em algo grandioso, e sabemos que não é isso.

Acredito que é isso que te faz feliz, a mim também, não sempre, tempo todo, sem intervalos… Isso é utópico, mas são pequenas pinturas que colorem a vida como numa tela em branco. Ser poeta é ser louco e ser desastrado por natureza, creio que, em proporções distintas, somos assim, por vivermos e sobrevivermos de poesia, tanto quanto pão, tanto quanto sonho…

O primeiro desastre é contar para a família que você é ou quer ser poeta… ou, outro desastre, é lutar para expor e divulgar sua poesia em Campinas, não foi e não é nada fácil, não é mesmo?

E, falando de poesia e do sol da vida, eu nasci, cresci e vivo em Campinas, detesto frio, sei que a chuva é necessária, mas sempre torço para que ela aconteça enquanto durmo, pois amo sol e calor, penso em um dia viver no Nordeste. Quem sabe? E você, que veio da Paraíba e conviveu com esse sol, vive aqui. Acredito que você guarde esse sol poético paraibano de sobrevivência em você, a nossa sobrevivência pela poesia, a das pequenas coisas que muitos não reparam ou não param, ou não tem tempo. Nós temos.

Quero ler mais textos seus. Achei gostosos como guloseimas, bolinhos de chuva, peraltices. Fiquei pensando se você cria ou realmente se encontra com esses personagens, tão inusitados, simples e tão ricos ao mesmo tempo, da crônica do dia-a-dia, no seu ir e vir. É tudo tão verossímil. Senti que o fato acabou de acontecer na esquina, esse sabor de crônica fresquinha que acabou de sair do forno.

Falando na crônica de nossos dias plúmbeos, espero que depois que isso passar, que se tenha mais poesia, mais eventos ao ar livre, música, teatro, dança, muitos saraus… e que nós e muitos outros poetas e artistas se encontrem e que nossos espaços (sejam culturais ou não) sejam valorizados, aproveitados e multifacetados, assim como nós, na arte do sobreviver.

Como dizem, depois da tempestade sempre vem a bonança; quando ela vier, “a bonança”, poderemos marcar um almoço aqui em casa. Já que você se diz desastrada e que não cozinha, farei eu o almoço, certo? Cozinha e poesia combinam muito, lembro de um texto do Rubem Alves, onde ele fala da poesia de fazer a sopa. Cozinhar com amor para alguém é poesia.

Encerro por aqui, esperando que esta carta chegue até seu destino – você! Imaginar sua carinha lendo. Espero que goste e que a gente se encontre bem em breve, porque, além de sobreviventes da poesia, somos sobreviventes do mundo. Sobrevive quem se adapta melhor “a ele” e às suas mudanças, como ouvi dias atrás.

As árvores podem se quebrar nas tempestades, mas as palmeiras não, pois são flexíveis. Acho que foi inspiração da “Praça Carlos Gomes”, aqui perto de casa, repleta delas, assim como a Avenida Anchieta que tem muitas delas também e parece que nos leva para o caminho de uma praia ensolarada. Termino assim… essa carta da palmeira que há em mim saúdando a palmeira que há em você.

(risos).

do seu amigo…

César Póvero

Imagens: César Póvero
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